…mesmo após a saída da Ford do país.
… até poderia haver algum espaço, mas a conta não vai fechar.
Em 18 anos no setor de Caminhões muita coisa mudou, exceto o fato de que Mercedes e VW, juntas, sempre detiveram mais de 50% do mercado no Brasil. Observe a dança do market share nesse período, com destaque ao crescimento da Volvo e da Scania.
O espólio da Ford não é pequeno, mas nem todas as marcas conseguirão abocanhar parte dele.
Esse mercado é muito competitivo, profissional, tradicional e não é tão simples crescer tendo lineup completo e rede de concessionárias montada. É preciso outros atributos.
Com relação aos novos entrantes a tarefa é “hercúlea” pois, ao mesmo tempo que precisam conquistar mercado e clientes, sustentando uma rede de concessionárias sem parque circulante, precisarão também pagar a conta do restaurante. Entenda-se por isso: comprar mercado, vender sem lucro, montar a rede, produzir no Brasil, bancar garantias, fazer muita cortesia, programas de demonstração, comprar caminhões usados para poder vender os novos, dar rebate no financiamento, sustentar a fábrica e, ainda por cima, dar satisfação para os investidores, que não são entidades beneficentes. Para pagar tudo isso, tem que ter volume. Essa situação vale, principalmente, para a linha pontilhada do gráfico e para outras interpretações o gráfico é autoexplicativo.
Nesse cenário, não há espaço para a entrada de novas marcas de caminhões no Brasil.
O.M.