Para os que apostaram na queda das Big-3 ao longo da década, com o crescimento de outras marcas como Hyundai, Renault, Toyota, Honda e Nissan, não foi bem isso que ocorreu. FIAT, VW e GM continuam, juntas, detendo mais de 50% do mercado de carros e comerciais leves. É o mesmo que ocorre com a Mercedes e a VW no setor de caminhões, há uma liderança setorial consolidada em uma barreira de posicionamento de mercado, instransponível a curto prazo.
No passado tínhamos as “Big-4” com a Ford consolidada na 4ª posição, mas a empresa foi perdendo terreno por razões que vão além do line-up de produtos e passou a disputar espaço com as newcomers.
Para avaliar a evolução do market share das montadoras de carros e comerciais leves nos últimos dez anos, deve-se excluir do segmento de comerciais leves reportado pela Anfavea, os modelos e versões que deveriam ser classificados como entrada no mercado de caminhões. O gráfico apresenta esse segmento (limpo). Exclui-se furgões a partir de 8m³ e chassis cabine com rodagem traseira simples e motorização diesel acima de 2.0L.
Em um mercado super competitivo, de varejo puro, promoções e muitos descontos, é preciso ter uma rede de concessionárias forte, capilarizada e capitalizada, ou então ser uma marca premium com margens de lucratividade atrativas para as fabricantes e para o canal de distribuição. Nesse mercado, fundo de capitalização para as redes de concessionárias é regra e não há muito espaço para “aprendizes de feiticeiros”.
O gráfico acima, apesar de refletir um período tão curto (10 anos), conta muitas histórias nas entrelinhas.
OM